Há algo que me deixa bastante inquieto e desolado com a humanidade, algo que sinto a obrigação de partilhar convosco. Ora cá vai. Não entendo a euforia, não a da nossa semana boémia, mas sim a euforia que se vive pela descoberta de água em Marte. Até aqui não há nada de alarmante, descobrir coisas noutros planetas é bom para o ego dos Yankees, para os ravers que apreciam “agua-pé” e para quem acredita no mito do aquecimento global.
Na minha opinião não há motivos para festejar. Água? Mas para quê? Já temos aqui tanta, até a nossa cidade de Braga é conhecida por ser o Penico de Portugal. Temos água para encher várias vezes o complexo inacabado das piscinas de Braga, não entendo a necessidade de procurar agua noutros planetas se não temos onde a colocar, e isso entristece-me. Desperdiçar meses à procura de água noutro planeta, porquê? Já não há espaço para os Sírios no Mediterrâneo?
Rejubilemos de alegria, aí sim, no dia em que Profetas, pioneiros na arte dos descobrimentos, partirem à descoberta de whisky noutros planetas e decidirem partilhar com o vulgo povo. Aí sim, façam-se capas de jornais, documentários, debates de prós e prós, escrevam-se músicas, que se ressuscite a Namy Winebouse.
Celebre-se a euforia como ela e só ela merece, como uma espécie de carnaval Brasileiro a nível mundial mas sem as IST’s. Tal como o whisky, que se ponham num copo com gelo os nados vivos que aparecerão nove meses depois e que os amem como os Profetas amam o whisky e pipis.
Façamos desta futura descoberta uma celebração religiosa, que se construa a Meca Minhota, um Ramadão consumista, que seja permitido o consumo desenfreado de whisky, que seja fornecido ao Jorge Talma e ao Markozy três fígados de reserva, que se construa e popularize a Escola Tinoco e que haja um pipo de whisky com um S. Bernardo ao pescoço para cada um de nós.
É a hora de incentivar os profetas com fotos de mamas para o início desta jornada. Que a luz roxa os encaminhe à graciosa destilaria, impaciente por ser descoberta. E de uma vez por todas, não nos contentemos com o que um robot em Marte afirma existir, revoltemo-nos com esta farsa e declaremos guerra à produtora de filmes MASA.
Já que estamos numa boa altura declarar guerra ao que quer que seja, aproveitemos a onda hostil para desvendar em estilo Anonimous o quarto segredo de Fátima. Segredo que a Irmã Lúcia omitiu por estar enfrascada em pastilhas religiosas e vinho tinto manhoso, as noviças e freiras no alto da sua sabedoria garantem que mais vale agua quente servida em Marte que um whisky rasca, sobrevalorizado nas discotecas da Academia.
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