Afinal de conas…o que é que se passa?
Sendo estudante universitário, surge por vezes a necessidade de ir fazer as “compras da praxe”, não aquelas que servem para emborrachar os caloiros enquanto estes estão enterrados até ao pescoço na areia, ou as já tão conhecidas perucas e “acessórios” mas sim comida para subsistir mais uma semana até chegar a bolsa (as tostas mistas nas casas das “amigas” acabaram e o rodízio da católica já passou) quando me deparo com decorações de natal por todo o lado.
Tudo bem, sou a favor das decorações que celebram uma época de consumismo ridículo, onde se pode ver algumas Capotilhas a comprar uma prateleira inteira na secção dos chocolates (será que é para distribuir pela família, ou para consolar a solidão do fim de semana?). Até aqui, nada de espantar, a não ser o facto de estarmos a meio do mês de Novembro e ter ouvido a Jingle Bells vinte vezes no espaço de quinze minutos que estive no tão estimado Braga Parque onde, caso a solidão bata forte, há sempre a hipótese de ir buscar mais uma garrafa, ou duas, ou três de Ferreira e passar a noite de pijama a ouvir os vermelhos minhotos e relembrar aventuras passadas.
Com decorações de natal, chocolate e álcool à mistura, creio ser de bom tom poupar custos no que toca a fogo de artifisírio na época natalícia e passagem de ano, já que as contas afundam mais depressa que o Titanic e daqui a bocado rezamos para que a próxima colecção da Victoria’s Secret não inclua modelos cobertas de luzes, porque o que é bom é para se ver e modelos dessas não precisam de destaque para serem notadas.
Então, quer seja para combater a solidão do fim de semana a comer chocolates enquanto se vê os anúncios da Popota (que até essa conseguiu perder metade do peso de um ano para o outro) ou reviver aventuras passadas uma noite enquanto se tem uma crise de meia idade, tudo tem o seu tempo, tal como acabar a universidade antes de chegar a cardeal.
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