30 novembro 2015

Inquietude e Irreverência

Cumpra-se a tradição, desde que haja intenção.
E interesse. 
A Ordem Profética da Universidade do Minho apresenta, como pequena compensação pela ausência do Primeiro de Dezembro a 1 de dezembro, a recordação da nossa apresentação do passado ano de 2014.


Dedicada aos heróis de 1640, a celebração do Primeiro de Dezembro deveria ser, tal como eles, uma demonstração de inquietude e irreverência. Um momento em que se pode ver na face de quem ao palco sobe uma clara vontade de mostrar que é um dia de festa acima dos outros. Um dia que mostramos mais do que mais do mesmo e menos do que estamos repetidamente a mostrar. Mas assim não é.

Hoje o Primeiro de Dezembro é outra coisa.

Hoje é um espectáculo pago. Hoje, tal como sempre, os artistas fazem-no de borla. Porque inquietude e irreverência não custa dinheiro, nem deve custar. Mas hoje não vivemos num mundo de inquietude e irreverência, vivemos num mundo com um orçamento de 5 milhões de euros. E, para o ano, será mais.

Este ano o Primeiro será a 6. Será num domingo. À tarde. Pode não vos parecer estranho. Afinal não há dia na semana mais adequado a estudantes, principalmente os migrantes, para realizar um evento. Toda a comunidade está disponível. Toda a comunidade vai adorar. Só que não... Não vai adorar? Não se pode adorar aquilo que não se presencia, e provavelmente esse será o caso. Mas tudo isto pouco importa para o ónus da questão.

Este ano o Primeiro de Dezembro vai ser o programa de domingo à tarde na televisão em sinal aberto. O plano de negócios (business plan para os snobs) está tão claro como água (que na realidade é transparente) e só falta um João Baião, um par de mamas, chapéus para os transeuntes e um 760 de valor acrescentado para quem vê em casa. Afinal é ao domingo e os idosos adoram ter o que fazer. Vai ser um sucesso. Já consigo visualizar o Baião a bailar com um tuno pandeirinhas e a cantar uma serenata enquanto que pergunta porque é que o chapéu tem três bicos. Já consigo visualizar o fluxo dos 60 cêntimos + IVA a entrar na conta da associação. Já consigo visualizar aquela viagem de trabalho de "3 dias" a Lisboa com uma pequena ligação de 13 dias em Cabo Verde. Afinal somos muito fortes em desporto e temos que fazer tudo pelos nossos atletas. E eu faço tudo muito melhor depois de bronzeado.

Nós iremos estar presentes, como sempre, e iremos retransmitir em "rádio pirata" à posteriori, como habitual. Vamos lá estar para vos alegrar e hostilizar. Porque o Primeiro de Dezembro é para todos, até para a senhora que esperava ver o Toy ou o Grupo Folclórico de Freixo de Espada à Cinta. Porque o Primeiro de Dezembro de 1640 foi para todos os Portugueses, e agora não deve ser diferente.

Primeiro de Dezembro de 2015
Inquietude e Irreverência.
  

27 novembro 2015

A magia das eleições.

Os dias estão cada vez mais frios, mas não é Inverno. O primeiro dia de Dezembro está aí a chegar, mas não é "o" 1º de Dezembro. O festival da OPUM DEI este ano é a 6 de Dezembro, num domingo, culpa da AAUM; este ano inicia-se à tarde, culpa das tunas que têm aparecido como cogumelos e impossibilitam que as atuações sejam todas à noite. Quantas versões diferentes da "Menina Que Estás à Janela" é que é sustentável ouvir antes dos pais dos meninos se começarem a suicidar na plateia? Pela altura em que se ouvir o último "Vai Tuna!" no Parque de Exposições, já as cadeiras do público estarão todas manchadas com os miolos e o sangue da audiência. Falam em ser exigente com o público... Enfim, em mais um texto da rubrica “O Profeta Explica”, hoje abordamos um evento que vai, esse sim, acontecer dia 1: as eleições académicas.

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Sabemos que as eleições estão a chegar quando vemos propaganda nos campi, quando os elementos das listas mudam a sua foto de perfil para imagens de si com sorrisos no rosto e molduras estilizadas, quando de repente existem inúmeras preocupações e assuntos a debater, que ninguém quis saber durante o resto do ano, mas que agora merecem toda a atenção. Pormenores aparentemente aleatórios também anunciam a aproximação de tal evento: as baguetes dos bares são servidas com mais recheio, as portas da BGUM finalmente funcionam em simultâneo e o papel higiénico das casas-de-banho é mais suave. Os estudantes são convidados a expressarem o seu apoio, depositando um papel numa caixa, a alguém que se tenha proposto a tomar as rédeas da Associação e apontar um rumo para o próximo ano. Chama-se a isto democracia. Contudo, este ano, ao contrário dos últimos, só existe um candidato – não há alternativa. Para compreender este acto de eleição, vamos retroceder no tempo.

A Associação Académica nasceu para, entre outras coisas, “defender os interesses dos estudantes”, afirma-se no texto de apresentação que consta no seu site, onde também se refere que “os primeiros dinheiros da Associação Académica foram conseguidos através de um peditório”. Até aqui, muito a Associação e a Ordem têm em comum. Afinal, ambos nasceram com o mesmo objectivo e fazem peditórios (este ano, por exemplo, fizemos para os sírios). Mas que interesses são esses que a Associação defende? Passados quase quarenta anos desde a sua fundação, parece-nos que não serão certamente os mesmos.

O panorama fortemente contestatário do pós-25 de Abril foi substituído por políticas de austeridade e medo, que ameaçam o Ensino Superior e se traduz em desinvestimento do Estado neste sector. Um exemplo claro da desresponsabilização do Estado é a passagem da Universidade do Minho a Fundação, algo pelo qual a reitoria lutava já há vários anos e que aconteceu sem contestação por parte do organismo que se diz defensor dos estudantes. Esta alteração permite que certas empresas possam participar na decisão dos rumos desta nossa Academia, de onde tem de investir e desinvestir, ou seja, na prática, dos moldes e das áreas do conhecimento científico que a Universidade produz. Como pode a Universidade garantir que as decisões tomadas no seu seio têm como objectivo máximo oferecer uma formação de qualidade a todos os estudantes, quando entidades cujo propósito é a obtenção de lucro têm uma palavra a dizer nessas mesmas decisões? Serão os interesses destas empresas superiores aos dos estudantes?


Na visão da Associação Académica, talvez os interesses dos estudantes não sejam a diminuição das propinas, mas sim que a Associação seja conivente com o Rei Tó e os sucessivos governos, que contrariam a Constituição da República Portuguesa, onde se afirma ser responsabilidade do Estado “estabelecer progressivamente a gratuidade de todos os graus de ensino”. Talvez não seja do interesse dos estudantes mais bolsas e apoio social, mas sim que não faltem as grandes festividades, que funcionam muito bem como o equivalente académico de “Fátima e futebol”, e onde ainda nos dão a oportunidade de sermos explorados sem misericórdia com preços exorbitantes. Talvez não seja do interesse dos estudantes que a Associação se preocupe em incentivá-los a serem proactivos e envolverem-se nas suas actividades, mas sim que os dirigentes académicos possam tranquilamente ter almoços e viagens desnecessariamente prolongadas pelo estrangeiro à sua pala. Em verdade te dizemos, não se sabe realmente quais são os interesses dos estudantes, pois o panorama é de conformismo e apatia, votam todos na lista A de Abstenção, o que é conveniente a uma Associação que se sente bem é na cozinha a cuidar dos tachos.

A magia das eleições está na oportunidade que te é concedida de esquecer tudo o que está para trás e acreditar que as mesmas pessoas terão comportamentos diferentes; está na fé que o Rei Tó tem e que, apesar de gordo, o faz sonhar alto e ser carreirista; está no carinho com que te deves recordar da atitude solidária que a Associação teve ao partilhar um almoço com um Primeiro-Ministro que nos escarrou nos diplomas e nos mandou emigrar; está no silêncio mágico da Associação perante a sodomia de que é vítima o Ensino Superior. Inspira fundo, sorri e, se este ano não tiveste direito a bolsa, pensa que talvez te caia alguma coisa na meia de Natal.

26 novembro 2015

Sucessor do Recluso - Um Ano Depois

Vinte e Seis de Novembro de 2015 - Tomada de posse de um novo governo em Portugal. No ano anterior, 2014, aquando da celebração do Primeiro de Dezembro, a Ordem Profética da Universidade do Minho, qual Nostradamus a prever o fim do mundo, descreveu de uma forma bastante precisa o que se iria passar no futuro nacional.

Sucessor do Recluso
(Carta de Costa ao seu amigo Sócrates)

O Sócrates está preso
E eu sei que ele errou
O Sócrates está represo,
O Sócrates está represo,
Pelos erros que praticou.

Mesmo que se porte bem
E deixe de ser intruso
Eu sou e sempre serei,
Eu sou e sempre serei,
Sucessor de um recluso.

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Sócrates estás sofrendo
Nas grades da prisão
Eu até te compreendo,
Até te compreendo,
A luvas não se diz que não.

Cumpres o teu castigo
Roubaste uns milhões
E eu sofro contigo, 
E eu sofro contigo,
Vou pagar nas eleições.

Engenheiro és meu amigo
Não tenhas preconceitos
Sabes que neste mundo,
Tu sabes que neste mundo,
Políticos tiram proveitos.

Sócrates tu regenera-te
E prova que és inocente
Este teu partido espera-te,
Este teu partido espera-te,
Ainda vais ser Presidente!

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25 novembro 2015

Fruto da Cuidadosa Selecção de Pipis

A 1 de Dezembro de 1640, termina o período em que o Reino de Portugal foi submetido ao domínio Espanhol. Teve início com D. Filipe II de Espanha em 1580 e terminou após 60 anos quando o regente de Portugal era D. Filipe IV de Espanha.

Esta penosa situação levou à organização de um movimento conspirador para a recuperação da independência, onde estiveram presentes elementos do clero, reitoria e da nobreza. Um grupo de 40 fidalgos introduz-se no Paço da Ribeira, onde residia a Duquesa de Mântua, representante da coroa espanhola, matam o seu secretário Miguel de Vasconcelos, basicamente tudo o que se mexe, como num filme do Tarantino, e proclamam D. João, Duque de Bragança, Rei de Portugal e dos Portugueses.


Durante os anos seguintes Portugal teve de defender a sua fronteira com todos os homens que tinham condições para combater os rebarbados de Espanha. D. João IV desesperado por restabelecer a paz no seu reino e tranquilizar o seu povo lançou em missão secreta um grupo que na altura ficou conhecido por Prophetae Cuituns Espanholitas.

Os Prophetae, dispostos a assumir o destino de uma nação e a correr riscos para proteger os belos pipis nacionais, fizeram algumas exigências ao seu Rei. Pediram uma nau de 1515 apinhada de vinho do Porto, garrafões de bagaço e uma dúzia de mulheres de sete saias de Viana de Castelo. Já na altura os Prophetae elevavam a fasquia do desafio, ao invés de navegar pelo Tejo fez-se sem receio ao grandioso Atlântico em direcção a Espanha.

Os anos passaram e notícias dos Prophetae não chegavam, em território nacional, temia-se o pior que a missão teria falhado. Porém uma viagem pela Costa Sul de Espanha com tudo incluído e com a descoberta de pipis calientes, ansioso por aconchego profético, é de aproveitar. Surgiu então o grande dilema do século XVII. Qual o pipi que os Prophetae gostam mais? Ora, conhecedores de pipis de todo o território nacional, era altura de descobrir a fundo os pipis de nuestras hermanas.


Percorrida a Costa Sul, não restavam dúvidas. Espanha ainda não estava preparada para receber a expedição Prophetae Cuituns Espanholitas, foram cinco anos a coleccionar pipis e a apostar e criar novas formas lúdicas para las tetas, celebre espanholada. Sevilhanas e restantes sulistas não se contentaram em receber o roxo apenas uma vez e seguiram os Prophetae como se de uma peregrinação se tratasse. 

Perante a batalha carnal, parecida a de uma produção do Sá Leão, que assombrou os poucos Nobres Monhés, Carlos II de Espanha viu-se obrigado a apresentar a sua rendição, de modo a preservar os pipis que ainda pairavam no seu território e não voltar a usar a “la manita”. É no decorrer desta situação foi assinado o Tratado de Lisboa em 1668 que infelizmente proibiu o pipi Espanhol em Portugal e terminou com a expedição. 

De modo a honrar a expedição, todos os anos no 1º de Dezembro nuestras hermanas vêm propositadamente de todo o território espanhol e do Tephane para receber amor profético. Como a Ordem Profética da Universidade do Minho celebra vinte e cinco anos e a AAUM, teve a cortesia de prolongar as festividades do 1º de Dezembro até ao dia 6 de Dezembro, espera-se agora que o BA se encontre fechado durante este período para o rodízio de estimulantes e a habitual suruba espanhola.

24 novembro 2015

O que é que se passa?

Afinal de conas…o que é que se passa? 

Sendo estudante universitário, surge por vezes a necessidade de ir fazer as “compras da praxe”, não aquelas que servem para emborrachar os caloiros enquanto estes estão enterrados até ao pescoço na areia, ou as já tão conhecidas perucas e “acessórios” mas sim comida para subsistir mais uma semana até chegar a bolsa (as tostas mistas nas casas das “amigas” acabaram e o rodízio da católica já passou) quando me deparo com decorações de natal por todo o lado.

Tudo bem, sou a favor das decorações que celebram uma época de consumismo ridículo, onde se pode ver algumas Capotilhas a comprar uma prateleira inteira na secção dos chocolates (será que é para distribuir pela família, ou para consolar a solidão do fim de semana?). Até aqui, nada de espantar, a não ser o facto de estarmos a meio do mês de Novembro e ter ouvido a Jingle Bells vinte vezes no espaço de quinze minutos que estive no tão estimado Braga Parque onde, caso a solidão bata forte, há sempre a hipótese de ir buscar mais uma garrafa, ou duas, ou três de Ferreira e passar a noite de pijama a ouvir os vermelhos minhotos e relembrar aventuras passadas.

Com decorações de natal, chocolate e álcool à mistura, creio ser de bom tom poupar custos no que toca a fogo de artifisírio na época natalícia e passagem de ano, já que as contas afundam mais depressa que o Titanic e daqui a bocado rezamos para que a próxima colecção da Victoria’s Secret não inclua modelos cobertas de luzes, porque o que é bom é para se ver e modelos dessas não precisam de destaque para serem notadas.

Então, quer seja para combater a solidão do fim de semana a comer chocolates enquanto se vê os anúncios da Popota (que até essa conseguiu perder metade do peso de um ano para o outro) ou reviver aventuras passadas uma noite enquanto se tem uma crise de meia idade, tudo tem o seu tempo, tal como acabar a universidade antes de chegar a cardeal.

23 novembro 2015

Tudo (A)Normalmente Bem

A Ordem Profética sempre teve preocupações de natureza ideológica, desde por exemplo, a actual situação do Conflito entre os Jean-Pierres e os Moços de Barba Rija, até ao tempo em que os moços de entrega das pizzas demoram ao seu destino (se as pizarias se lembrassem de contratar as motinhas dos Seguranças da Praxe, estavam mais que salvas).

Mas esta preocupação é mais humana. Bem mais humana.

Esta história passou-se em Portugal. 

Numa noite de sexo com o companheiro de 60 anos, uma mulher, de 48 anos, insatisfeita com a performance sexual do indivíduo, enfureceu-se de uma maneira que chegou ao ponto de chamar a PSP e os próprios Sapadores de Gaia, porque, segundo ela, o homem não a conseguiu satisfazer sexualmente e por isso ficou irritada com ele. 

Meus amigos, é necessário ter atenção a várias coisas, uma delas é que os Bombeiros podem fazer muitos calendários sensuais, capazes de fazer vibrar as noviças (devem ser melhor que as caloiras desta academia) principalmente aquelas que ainda há pouco foram fazer queixa de maus-tratos e escravidão num certo templo sagrado, mas não servem apenas para tirar gatos de árvores e apagar os fogos das donzelas sejam elas de todas as idades (como podem aferir no nosso texto de ontem). 


Outro dos aspectos a ter em conta na notícia, é a posição tipica do marido. Depois de se aproveitar da mulher com qual teve relações, nem se esforçou ao ponto de tentar se quer igualar o proveito da relação. Onde é que já vimos este filme? Não há muito tempo, em que aproveitamos tudo o que eram dinheiros europeus, e nem pensamos sequer, em retribuir, para que o nosso futuro pudesse ser mais risonho. Ao invés disso, fomos pedir mais de mamar a quem não estava satisfeito, e a mulher, oh que mulher, foi fazer queixa e saiu tudo mais agravado... 


Só esperamos que o Povo Português nos ouça e acorde, para que no Futuro, e olhem que não estamos muito longe, Portugal use bem o que vai receber (25 mil milhões de euros até 2020) e ficamos na expectativa para que desta vez, a mama seja bem empregue... 

21 novembro 2015

10 razões por que a tua mãe é bem melhor que tu.

Em tempos recentes a Ordem Profética tem sentido que os estudantes minhotos estão mais carentes que nunca da nossa orientação. As condições difíceis que atravessam não inspiram ninguém a grandes feitos, a momentos mais felizes ou contemplações profundas. Por tudo isto, decidimos partilhar o nosso conhecimento ainda mais do que já o fazemos e iniciar uma nova rubrica de conselhos, dicas e textos para refletir: “O Profeta Explica”. Aceitamos a responsabilidade de vos pôr a pensar, de vos dar força para chegar mais além, para que não desistam dos vossos sonhos por aquilo que outros vos dizem nem de saírem à noite por que o sofá tornou-se demasiado apelativo.



Um Profeta é, por definição, um ser que aprecia a variedade, não julgando ninguém e tendo a sabedoria de aproveitar todas as oportunidades para espalhar a Palavra. A cada donzela que nos pede que a acudamos, mais aprendemos sobre essa criatura que é a Mulher. Hoje explicamos-vos porque devemos sempre aceitar boleias da mãe daquela nossa colega ou porque vale a pena ir ao Sardinha Biba ao sábado. Quando menos esperamos, uma porta se abre e do lado de lá está alguém que precisa de consolo… E nos dará pequeno-almoço no fim.

#1. A tua mãe sabe reconhecer a sorte que lhe calhou. Embora não te conte, a tua mãe já correu mundo, por isso percebe quando encontra algo especial. Se ela tiver uns tornozelos bonitos então, que loucura! Os rapazes há vinte anos atrás ficavam loucos quando viam a tua mãe de saia comprida. Alguns desses rapazes deram-se a conhecer e, para desilusão da tua mãe, não conseguiram estar nem à altura dos seus tornozelos. Quando foi abençoada pela luz da Profecia, a tua mãe só soube agradecer a Deus (e a nós). Ela não precisa de ver a Opa para reconhecer que está perante um homem de dons excepcionais, ela ouve o seu corpo e sabe que este vibra de prazer.

#2. A tua mãe tem mais experiência. Já o referimos, e esta é óbvia. A tua mãe poderá não ter a energia dos seus vinte anos, mas sabe daquilo que gosta. Também sabe aquilo que resulta. Em vez de perder tempo a promover-se nas redes sociais, a tua mãe saiu de casa, aproveitou a sua juventude, conheceu pessoas, acumulou conhecimento e, com sorte, não acumulou doenças.

#3. Estudos científicos indicam que quanto mais maduras, mais vontade. E foi comprovado através de experiências proféticas no terreno. O medo do desconhecido e da pressão social dá lugar a uma libido descontrolada. Quando ela diz que vai ter uma reunião até tarde? Está com um Profeta. Quando ela diz que vai ter de fazer umas compras de última hora para o jantar? Está com um Profeta. Quando ela te encoraja a saíres com as tuas amigas e diz que vai ficar em casa a ver a telenovela? Está com um Profeta. Quando ela está a passar a roupa de cama a ferro e tu notas movimentos suspeitos debaixo do lençol estendido? É um Profeta que está por baixo da tábua de engomar. Agora imagina se não trabalhasse...

#4. A tua mãe está mais preparada para receber um Profeta. Não estamos só a falar das condições do seu lar. É verdade que um Profeta não gosta de dormir em camas apertadas ou de ser interrompido pela tua companheira de casa gorda que aparece para desejar boas noites na esperança de que a convidem para entrar na acção. Não, a tua mãe é… Folgada. Em termos financeiros e anatómicos. Os Homens de Roxo são fisicamente bem dotados e tudo flui melhor quando não há entraves. Perceberam? "Flui" melhor!

#5. A tua mãe mostra gratidão. Pois é, ela é mãe e sabe ser uma doçura. É capaz de dar, dar, dar sem esperar nada em troca. Aquele amor de mãe… Se um dia vires alguém com o nome da tua mãe tatuado no braço, pensa duas vezes antes de considerares que é uma coincidência. Ela tenta compensar-nos por todo o mimo que lhe damos. Dá-nos boleia, faz-nos massagens, traz-nos o pequeno-almoço à cama. Que maravilha!

#6. A tua mãe é independente. Tem as suas responsabilidades e não nos chateia com inúmeras mensagens ou suplica para estar sempre connosco, pede a nossa ajuda somente para alcançar algo de que sente falta…

#7. A tua mãe é mais discreta. Outra lição que se aprende com a experiência é que o silêncio vale ouro. Já dizia Einstein que a fórmula para o sucesso é a soma de trabalho, lazer e manter a boca fechada. Ele não estava a falar de one night stands, mas o mesmo se aplica. A tua mãe não vai contar nenhuma das suas aventuras proféticas às amigas, porque não necessita de ter essa atenção (e porque quer os Profetas todos para si).

#8. A tua mãe não é assim tão velha, só nalgumas partes. Devido a passarmos grande parte da vida em pé, mesmo a horas a que devíamos estar deitados, as marcas inevitáveis do tempo afectam o corpo humano de uma forma heterogénea, sendo mais intensas no topo (cabeça) e só depois alastrando para o resto do corpo. Assim sendo, a tua mãe pode até ter rugas na cara, o seu peito não cheirar a novo, mas isso não significa que a metade inferior do seu corpo não esteja bem conservada.

#9. A tua mãe sabe o que quer. Não nos vai moer a paciência pondo-se com jogos ou rondar aquilo que realmente deseja. Ela diz aquilo que quer, na hora que quer, no local onde quer. Mantém a base do respeito, mas não se faz de princesa inibida nem torna tudo mais complicado. Isso é para raparigas "virginadas". A tua mãe é Júlio César: vim, vi e venci. Não necessariamente por esta ordem.

#10. A tua mãe não tem expectativas. Isto é, fora do quarto. Já tem a sua vidinha, criou-te a ti, se calhar tens um irmãozinho e possivelmente até mais um ou dois que tu não saibas. Ela não quer ter mais filhos, já não tem paciência para namoros, não pretende incluir mais gente na família nem quer fazer de um Profeta o homem da sua vida. Basta que sejamos o homem da sua noite, sempre que disponíveis para tal. No fundo, a tua mãe quer-nos usar. E nós adoramos ser brinquedos sexuais. Ela quer chegar ao fim do dia, vinda do trabalho, a precisar de relaxar, e encontrar um Profeta à sua espera para a levar para um mundo melhor por breves momentos, pois estar com um Profeta é sonhar acordada.

18 novembro 2015

#Prayforwhisky

Há algo que me deixa bastante inquieto e desolado com a humanidade, algo que sinto a obrigação de partilhar convosco. Ora cá vai. Não entendo a euforia, não a da nossa semana boémia, mas sim a euforia que se vive pela descoberta de água em Marte. Até aqui não há nada de alarmante, descobrir coisas noutros planetas é bom para o ego dos Yankees, para os ravers que apreciam “agua-pé” e para quem acredita no mito do aquecimento global.

Na minha opinião não há motivos para festejar. Água? Mas para quê? Já temos aqui tanta, até a nossa cidade de Braga é conhecida por ser o Penico de Portugal. Temos água para encher várias vezes o complexo inacabado das piscinas de Braga, não entendo a necessidade de procurar agua noutros planetas se não temos onde a colocar, e isso entristece-me. Desperdiçar meses à procura de água noutro planeta, porquê? Já não há espaço para os Sírios no Mediterrâneo?

Rejubilemos de alegria, aí sim, no dia em que Profetas, pioneiros na arte dos descobrimentos, partirem à descoberta de whisky noutros planetas e decidirem partilhar com o vulgo povo. Aí sim, façam-se capas de jornais, documentários, debates de prós e prós, escrevam-se músicas, que se ressuscite a Namy Winebouse. 

Celebre-se a euforia como ela e só ela merece, como uma espécie de carnaval Brasileiro a nível mundial mas sem as IST’s. Tal como o whisky, que se ponham num copo com gelo os nados vivos que aparecerão nove meses depois e que os amem como os Profetas amam o whisky e pipis.

Façamos desta futura descoberta uma celebração religiosa, que se construa a Meca Minhota, um Ramadão consumista, que seja permitido o consumo desenfreado de whisky, que seja fornecido ao Jorge Talma e ao Markozy três fígados de reserva, que se construa e popularize a Escola Tinoco e que haja um pipo de whisky com um S. Bernardo ao pescoço para cada um de nós. 

É a hora de incentivar os profetas com fotos de mamas para o início desta jornada. Que a luz roxa os encaminhe à graciosa destilaria, impaciente por ser descoberta. E de uma vez por todas, não nos contentemos com o que um robot em Marte afirma existir, revoltemo-nos com esta farsa e declaremos guerra à produtora de filmes MASA.

Já que estamos numa boa altura declarar guerra ao que quer que seja, aproveitemos a onda hostil para desvendar em estilo Anonimous o quarto segredo de Fátima. Segredo que a Irmã Lúcia omitiu por estar enfrascada em pastilhas religiosas e vinho tinto manhoso, as noviças e freiras no alto da sua sabedoria garantem que mais vale agua quente servida em Marte que um whisky rasca, sobrevalorizado nas discotecas da Academia.

16 novembro 2015

É a tua vez…de saltar para o tacho!

Num misto emoções que geralmente é inerente a esta data, chegamos ao ponto do ano em que temos de escolher aqueles que nos representam, sendo que o “nós” são: cerca de 2.000 colaboradores e uns 20.000 que nem se dão ao trabalho de preencher um boletim de voto. Ainda assim, e no que nos diz respeito, a OPUM DEI estará sempre cá para criticar quando assim se justificar, votem 2 ou 20.000 alunos seja o momento mais ou menos oportuno.


Este ano, e retirando do panorama as colheitas excepcionais, voltamos à tradição da lista única. Assim sendo, a nossa escolha está cingida entre os mesmos de sempre e…os invariáveis tachistas (note-se que estas são expressões sinónimas).

A 15 dias do sufrágio, a única lista que se diz capaz de representar os alunos é a mesma que ainda não tem programa eleitoral referente ao planos de actividades do próximo ano publicamente conhecido. Talvez o aspecto mais importante para se ser uma lista candidata à direcção da AAUM não seja ter um bom programa mas sim elementos que já foram escuteiros ou que tenham sido alunos de excelência no Ensino Básico. Isto, obviamente, sem querer retirar protagonismo à importância que ser ex-atleta (nem que seja de matraquilhos) tem no âmbito da representatividade estudantil. Se embarcarmos neste antro de lógica, seria sem qualquer margem para dúvida que votaria no Nelson Évora para presidente da AAUM, não fosse ele um atleta olímpico medalhado! Quanto ao facto de ter ou não ideias para ajudar os estudantes da UM…isso são pormenores.

Por tudo isto em boa hora vos digo caros pares: O voto consciente depreende-se no voto que, depois de conhecidas as diversas medidas dos diferentes candidatos opta por uma escolha clara e fundamentada. Neste âmbito que respeita a medidas eleitorais podemos apenas dizer que, a pouco mais de 2 semanas de eleições, um vota na lista única representa o mesmo que o voto em branco.

Mas nem tudo é mau! Não esqueçamos que até ao final do mandato, Parreira afirmou, por meias palavras, que ainda existem cerca de 100.000 euros para serem gastos…Pode ser que ainda paguem uns rodízios aqui ao burgo!

Extrapolando uma frase de Mia Couto da vida política para a vida associativa:
“(…) para uns, a associação é uma panela. É preciso comer muito e rápido porque a colher é muito disputada e a refeição pode durar pouco. Para outros, contudo, esta ainda é a nobre arte de servir os outros, a missão de colocar acima de tudo os interesses de todos.”
A profecia está lançada!

15 novembro 2015

Tudo (A)normalmente Bem

O governo caiu.

Podem existir todo o tipo de notícias,mais ou menos importantes, mas nunca nos podemos esquecer que o Governo caiu.

Mas como poderiamos esquecer? Quando temos em todos os jornais, e blocos de informação televisivos que nos relembram dissso, a toda a hora, em todo o momento? Inclusivé aqueles quase debates que só servem para encher os bolsos a quem lá vai, ou para tentarem descreditar quem está do outro lado, ou invés de esclarecerem o que querem ou pensam que se vai fazer.

Bem, a Politica Portuguesa sempre foi assim.

Aliás, devíamos fazer um case-study não sobre quem durou menos no governo, não sobre quem durou mais. Mas sim, sobre quem foi mais honesto, com povo. Mas atenção, esta honestidade não é sobre quem não roubou o povo. Mas sim quem roubou, mas disse ao povo que roubou.

Ainda assim, estamos a fugir do assunto que normalmente vos trazemos.

Esta aconteceu no Reino Unido, quando depois de encomendar uma conjunto de cadeiras e mesa na internet, recebeu em na sua morada, Londres, foram entregues duas caixas que tinham no interior 40 sacos de plástico com água e 150 peixes tropicais vivos.

Bem, não num passado recente, o povo português encomendou um governo, e calou-lhe outro na rifa. Sim, não sei se já vos disseram mas o Governo caiu.

Uma coisa é certa, num dos muitos comentários ao vídeo, um a amiga escreveu: "Não me ria assim há muito tempo. Acho que devias fazer nova encomenda ao eBay, talvez recebas um tanque para peixes". Bem, agora que temos os peixes, e acima de tudo, não der para os devolver, quem é que vai encomendar o tanque para encontar uma almofada governativa? 
É que uma coisa é termos uma grande almofada que te permita dormir bem descansadinho, e outra é estarmos a dormir sobre três almofadas de tamanhos mais pequenos, e enfiares a cabeça num dos buracos... Até podes conseguir dormir, mas podes acordar com uma boa dor de pescoço.

Meus amigos, seja como for, seja com quem for só nos resta esperar para ver, até porque aconteça o que acontecer, a Ordem Profética está cá, para defender aquilo que é vosso por direito. Pode ser que agora já desse para fazer a Récita no dia 1º de Dezembro, ao invés do dia 6.

Mas nunca se esqueçam... O governo caiu, mas está tudo (a)normalmente bem.

13 novembro 2015

Tudo uma questão de con(a)sciência!

O que se passa com vós caros fiéis?

Muito se fala nesta nova geração - constantemente designada por morangos com açúcar – e nos comportamentos por ela praticados. Que fatores estarão nos bastidores que levam estes levianos, com meio copo de golden lock e um shot de bagaço no sangue, a ter este tipo de atitudes? 
Poderia por começar a falar dos valores (ou falta destes) vigentes na nossa sociedade e na incrível rutura que houve em relação a estes comparativamente com aqueles que prevaleciam há meio século atrás – sim, para que não fique em águas de bacalhau, são estas ideias abstratas que moldam o comportamento humano num grupo social – não esquecendo o ridículo poder que a Igreja outrora tinha, que durante tanto tempo determinou cada pequeno passo que se poderia, ou não, dar.

Para espanto dos nossos bisavós – esses que por esta altura devem andar às voltas no caixão, assim como Camões quando alguns infames se lembram de maltratar a nossa língua – trocaram-se os locais de culto, como Fátima e o Sameiro por estabelecimentos noturnos, nomeadamente o keimodrumo e o sardinha, sem nunca esquecer o antro de elite que é agora o BA – que supostamente terá deixado de ser apenas um esgoto para bêbados – onde o intuito continuou a ser o mesmo, deixar todo o dinheiro que se tem nos bolsos e continuar a ajoelhar; o terço e o rosário foram substituídos por utensílios que visam a satisfação carnal (sejam eles de plástico ou músculo) e as antigas saias – que segundo feministas, funcionavam como um constrangimento social num antigo sistema patriarcal - foram comutadas por tapa-bicos e calções em que o último,e talvez único, propósito é tapar as costas e aquele pneu Michelin, e nunca o nalguedo.

Qual será a definição de “classe” ? Não a social, a outra! É que está mais que provado que essa sofreu, também, alterações.

“Continuam a insistir em mostrar, quando o fruto proibido é o mais apetecido!”

Serão as hormonas de primavera que se tornaram an(u)ais!? Ou a influência do Anselmo e do respetivo kizomba (que muitos se esforçam por tentar dança-lo ao ritmo de Carl Cox)? Sem nunca esquecer, ao que parece, as lendárias letras do famoso Regula, em que não chega o roça-roça!

À medida que se pratica o scroll (confesso que esta prática dá jeito para outro tipo de situações) nas redes sociais, o que mais se vê são indivídu(a)os - ainda a chorar por causa do Twillight e da separação do Justin Bieber com a Selena - postando frases clichés maltratando tudo aquilo que o sexo masculino representa que, no entanto, são ess(a)es que dão origem a todo o refustedo e putaria existentes nesta nobre(?) academia minhota.

Para concluir, é extremamente importante colocar em evidência que o povo português é de modas e que se gosta de exibir, sendo assim, deixo-vos a minha perspectiva, na expectativa de que esta sociedade sofra outra vez uma rutura, que comportamentos sejam modificados e que os refugiados voltem para a Síria.

PS. Já desde os tempo de Adão e Eva, é mais do que óbvio que poucos têm a forma intrínseca de ser profeta e, não sendo todos agraciados com isso, possuem carne fraca. Posto isto, a pergunta que coloco é a seguinte:
A culpa é do Mauro? Do Ice? Do Cabo? Do Prince? Do Gorgeu? Do ciz? Do Paulo? Do Fliz? Vos levaram na ma vida.

07 novembro 2015

Ir a jogo com a segunda linha

É por demais comum que um Profeta veja nas mais simples coisas a demonstração do mais complexo dos sistemas. É factual que, retirados os subterfúgios e floreados, as ligações sejam tão simples como linhas rectas entre pequenos pontos de interesse.

Posto isto, volte-se ao título e ao que ele aqui significa. Nós, portugueses à beira-mar plantados, vamos a jogo com a segunda linha. Não me refiro aos confrontos do onze mais um do futebol (pois isto é uma analogia e não é uma crónica desportiva) mas sim à globalidade de quem determina se vamos a jogo para ganhar e se, efectivamente, o ganhamos. 

Este nosso Portugal forma os melhores. E os nossos melhores estão cá e estão, cada vez mais maioritariamente, lá fora. E se lá fora os vemos demonstrarem todo o seu potencial, assumindo papéis de preponderância nos seus jogos, por cá abrem-se a porta para equipas de segunda linha. Equipas seleccionadas por treinadores e agentes que nada têm em mente que não o sucesso pessoal e que, a soldo de interesses muito particulares, escolhem para a luta os seus jogadores de segunda.

Reparem que o povo, o adepto desta cooperativa desportiva chamada Portugal (ou outra qualquer entidade), nada pode fazer contra a vontade de treinadores egocêntricos e endeusados. O povo vai apoiando as suas cores com a vontade que pode ou tem, quer lhe custe ou não ver perfilados no terreno de jogo aqueles jogadores fraquinhos e que apenas têm oportunidade por anuírem ao treinador e pertencerem aos contratados deste ou aquele agente.

E os melhores ficam no banco. Não vão a jogo. E não vão porque querem vitórias, querem o sucesso, seu e do seu emblema. E o sucesso por vezes, e neste caso muitas vezes, é inimigo do que alguns pretendem para Portugal. Portugal quer-se murcho e seco, a pagar as cotas e a comprar camisolas, aceitando de qualquer forma que é um emblema um pouco ao nível do “mais ou menos” e que, por ser pequeninho, não pode competir para ganhar.

Mas os melhores estão no banco. O dez, o trinco e o matador aquecem o acento, quando podiam estar a brilhar. A elevar-nos do 16º lugar, logo acima da linha de água, a um 5º lugar e sonhar com as competições europeias. A surpreender o gigante que nos entra pela porta dentro, fanfarrão de altivez, convencido que a vitória já é sua ainda à chegada do autocarro.

Enquanto isto tudo acontece, a segunda linha permanece incapaz de garantir o sucesso necessário, perfilando o seu outrora glorioso emblema a uma queda da liga principal para um nível secundário, regional, e do qual é muito difícil renascer.

Uma equipa que tem os melhores não perde nem a feijões, não é pequena nem de frente a um gigante e não se deixa perder apenas porque, momentaneamente, alguém ganhou com isso.

04 novembro 2015

Como arranjar um Tacho para Tótós

Desde há muitos séculos, antes mesmo de haver jeovás e bolos de arroz no mundo que, Escribas, Sacerdotes, e poetas do povo Minhoto, vinham mantendo sigilosa e secretamente registos da sua história e do seu relacionamento com a plebe e aperfeiçoando cada vez mais o “maçon technic” que levava os rebanhos gualtoazurenses a seguirem um e um só pastor.

Esses relatos sagrados, foram, com o passar do tempo, reunidos numa colecção que ficou mundialmente conhecida por “ O Tacho”. Esse conjunto de livros, em especial o terceiro, o “Tacho Sagrado”, perderam-se nos confins do Forte da Proçagur, Tribo escolhida pelo Conselho Pedagógico da Igreja Evangelista do Pinhões (ou Peões, para os mais leigos), à qual foi dada a função de proteger as sagradas escrituras e os rituais da Praxe. Historicamente, este misterioso desaparecimento é equiparado às grandes catástrofes mundiais, como sejam o fim da cerveja no BA, ou a quebra na produção da Pêra Rocha na Somália.

Estes livros eram escritos em longos pergaminhos confecionados em pele de Tónia Brazão e, reza a lenda, que ainda se encontram nos dias de hoje em sítios recônditos da actual sede da AAUM.

Caríssimos em verdade vos digo que, esta sede de alcançar o poder ano após ano nos actos eleitorais AAUÉMICOS, não é mais do que garantir um total acesso à busca por tão cobiçada sabedoria presente nos manuscritos.

O actual Indiana Jones do Minho é o incauto Parreira que se viu agraciado com uma “bolsa” de 4 milhões de Ouros que aplicou astuciosamente na busca dos manuscritos sagrados, sem sucesso!

Parreira está ainda sem saber bem o que fazer com os 100 mil que lhe restam, que, segundo uma carta deixada na nossa sala por uma fonte oficiosa próxima, serão aplicados na compra de acções do fundo de investimento “Minho à frente” agora comandado pelo Malcaide, a Olivia Palito Minhota.

Ora Malcaide, de descendência Etíope-Papal, é o actual recordista da meia maratona “All colaboradoras you can eat em actividades noturnas AAUÉMICAS” e é conhecido por aparentar ser um Ser frágil e pleno de movimentos suaves característicos de homens que tendem a apitar quando passam no detector de metais dos aeroportos só para serem vistos e revistos… e revistos… e revistos.

Malcaide tenciona suceder a Parreira e continuar, por caminhos travassos, a busca pelos aclamados manuscritos, baseando-se integralmente no conhecimento obtido do livro “Tacho para Totós” escrito na RGA de abril de 1978, que ganhou o AAUM best seller of the YEARS.

Esta corrida ao POLEIRO SAGRADO é habitualmente uma disputa a dois, resta-nos agora, saber se este ano irá aparecer outro Toninho PeixeMorto, que deu um passo maior que 60 pernas de GAJAS mesmo GORDAS. É sabido que um alto cargo da igreja, vulgo Cardeal, que trabalha num bar tem de, obrigatoriamente, pertencer ao Cabido e nunca a um Grupo Pagón Associativista.

Esperemos que, por artes de mil bergalhos, floresçam tomates nos campos da rodovia Gualtarazurience e surja uma lista opositora que consiga num debate, manter o discurso coerente por mais de 1,17 segundos e que, de preferência, não fixe o olhar directamente no adversário, porque Malcaide é bem capaz de soltar um piscar de olho bem sensual e oferecer o pequeno-almoço na cama.

02 novembro 2015

Tudo (A)Normalmente Bem #3

Nos primeiros dois textos desta rubrica foi sempre levado a cabo uma analogia sobre o estado da política portuguesa. Mas, não estamos todos fartos disto? Das acusações e de jogadas de bastidores. Das críticas, de ameaças de união contra alguém ou alguma coisa? Sim, estamos. Mas todos os dias, durante todas as semanas, os portugueses gostam disto. Porém, é em relação a outro assunto. Falamos claro da paixão portuguesa pelo futebol.

As pessoas podem-se interrogar sobre a veracidade do assunto, mas a verdade é uma, mais vale falar da nova brasileira do Pintinho da Encosta, do que sobre a subida ou a descida da TSU. Mas quem é que não prefere? Até os intervenientes políticos acham o mesmo. Basta pensar no seguinte: o que é mais fácil, escolher se cortam pensões ou sobem o IRS, ou sobre o penalty que ficou por assinalar devido a uma mão dada dentro da área?


De que adianta isso? Para a imprensa vender informações ao público, onde juram a pés juntos que é totalmente verdade hoje, mas uma completa mentira amanhã? E de quem é a culpa, de quem faz isto, ou de quem perpetua este tipo de negócios com a compra desta informação?

Uma coisa é certa, seja a nível de comunicação social, política e futebol, o culpado foi, é , e sempre será um. O Português Parolo, que compactua todos os dias com isto.

Chegou a altura de dizer basta.

Chegou a altura de lutarmos pelo que temos direito.

Em 40 anos, perdemos os ideais que tanto custaram a conquistar. Sim, porque nem sequer podemos festejar o 1º de Dezembro como feriado. Uma data tão marcante que nos diz tanto e a tanta gente, um símbolo do fim da opressão espanhola, que agora, às custa da AAUM, se festeja dia 6 de Dezembro, tudo por uma questão de logística.


Que diriam os revolucionários de 1640? Esses, que lutaram para que hoje se fale PORTUGUÊS em PORTUGAL. Nós não sabemos, mas uma coisa é certa. Se eles soubessem o estado em que isto está, de certeza que estão a homenagear o nosso querido Carlos Paixão.

Não obstante as críticas à actual Direcção da AAUM (e nós não somos daqueles que se deitam a adivinhar - somos Profetas por alguma razão), existem sinais que podem ser interpretados como verdadeiros presságios. Então reparem no seguinte: no mesmo dia em que o cabeça de lista, da mesma lista que tem vários títulos de campeão nesta corrida que são as eleições (nem o Lyon em França, nos tempos de ouro, ganhava tantas vezes seguidas), em plena rua dos bares, um carro incendiou, para surpresa de muita gente. Podemos interpretar como um sinal para o futuro? Não se esqueçam que "onde há fumo, há fogo", e toda a gente sabe que há sempre procura do tacho, afinal de contas, é tudo um tasco a arder.


#distribuiçãodeherpeslda