27 dezembro 2015

Aux enfants de la patrie, le jour de foire est arrivé!


A par da Récita em que a Ordem Profética voltou a estar presente, desta vez celebrada no dia 6 de Dezembro no PEB, em que os valores do Primeiro de Dezembro foram proclamados, e onde também se matou saudades de ver a Papisa em palco (pode-se ver já por aqui que claramente tudo anda muito mal), a Frente Nacional (doravante mencionada como FN) ganhou a primeira volta das eleições regionais em França, tornando-se assim no "1º partido de França", com percentagens a rondar quase os 30%. Ainda assim, na segunda volta perderam essa maioria, devido a um gangbang por parte dos partidos de esquerda da França (e certos partidos do centro direito), tal como o Tó Costa fez por nossas terras lusitanas, mas com menos lubrificante ainda. A FN, liderado por Marine Le Pen, sucessora do irrequieto (para alguns, insurrecto) Jean-Marie Le Pen, é apontada comummente como a próxima líder da França. Ora, não é que eu seja contra o empoderamento feminino na política, mas fico bastante intrigado com as expectativas deixadas nesta possível voz da nação que é a Le Pen. Exponho então as minhas inquietudes:

1. Defender uma política de extrema direita num país com uma quantidade enormíssima de imigrantes (alguns já de 2º e 3º geração e de nacionalidade registada francesa), originários de países magrebinos e de tradição religiosa muçulmana? Tem tudo para correr bem. 


2. Possível panorama geral europeu: uma Alemanha com uma Merkle, uma França com uma Le Pen, um Portugal com um manso socialista apoiado por uma Martins... Está óptimo pra nós. Agora em vez de sermos mandados por uma senhora, somos mandados por duas que vão ter ciúmes uma da outra, vão ficar zangadas e sem se falar durante uns tempos, podendo eventualmente até removerem-se mutuamente das suas redes sociais e falar mal aos amigos em comum. Se, por sinal, ganhar a Hillary Clinton nos EUA, acho que os congressos do G7 vão mesmo transformar-se num chá das cinco: 3 mulheres para 4 homens. Está visto quem vai lavar a loiça no fim do meeting.

Brincadeiras à parte (a visão profética permite encontrar humor onde este não pode ser observado pelo olhar comum), passados 101 anos do início da Primeira Guerra Mundial e 76 anos do início da Segunda, conseguimos ver um padrão aqui. Não é porque estamos todos, mais ou menos, sob medidas austeras (o que implica que se calhar em vez de comprarmos o iPhone 6s como tanto queriamos, teremos de nos contentar com o iPhone 6) que isso implique que é hora de revolução e extremismo. Não é por "infieis muçulmanos" atacarem a nossa preciosa Europa, que seja tempo de voltar a segregar "raças" e vestir a swastika com o nosso melhor fato da Hugo Boss (fun fact: Hugo Boss era o alfaiate do Reich - props paras meninas de DMM por nos cultivarem com estas curiosidades, enquanto nos servem o pequeno-almoço). Percebam que se fez um longo caminho, em todo o mundo, nos últimos cem anos, caminho esse que parece estar a regredir ou a fechar o círculo. É importante cuidar do que é nosso, mas é importante não destruir o que é dos outros, para não termos de nos preocupar com forasteiros que se venham vingar fazendo-nos o mesmo. Compreendam que também não será com #jesuischarlie e #prayforSítiosTurísticosBonitos que as questões humanitárias importantes ficarão resolvidas.

A solução, caros seguidores, é lutar constantemente, todos os dias, por soluções duradouras e não ceder ao extremismo quando em momentos de crise. O empoderamento político, tanto para mulheres como para homens, só é legitimo graças à voz do povo, essa voz que deveria ser empregue em questões que nos envolvem a todos e não somente nas bancadas das claques de futebol - também nas bancadas parlamentares é importante que se expresse. Rebarbarem-se nas redes sociais do que está mal ou é injusto, é  sem dúvida bonito (como fazer um auto-exame rectal),  mas aquilo de que se queixam fez-se com responsabilidade daqueles ganharam eleições, nas quais muitos de vocês não se quiseram então expressar. Os 85% de abstenção numas eleições ganhas por um "governo" liderado por um Malcaíde, num exemplo local, é algo bastante insignificante no panorama nacional. No entanto, se nem são capazes de dispensar cinco minutos da vossa vida por vocês, enquanto estudantes, então não critiquem quando forem sodomizados à bruta porque não quiseram sair de casa para votar em eleições legislativas. Não precisarão de um exame rectal para saber o que aconteceu então.


#listaO
#ProphetischeBestelleMachtFrei
#AuxArmesCitoyens

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