Em dia de inquietude e reverência, abrimos novamente o nosso blog a quem mais gosta de nós. Obrigado a ti que tão bela prosa escreveste. Que os Profetas nunca te ofereçam menos do que aquilo que mereces.
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Muitas são as mulheres de hoje em dia que passam a sua vida insatisfeitas, descontentes, revelam uma repurgação ao amor e generalizam a palavra “porco” a todos os homens, não sendo isto verdade. Muitos são os lamentos “aii ele deixou-me para ficar com outra porca”, “aii o amor é uma merda e agora vou deixar de ser santa”, entre outros. Implorar por amor? Nunca. Deixem que aconteça.
Venho assim aqui, sentindo-me na obrigação, dar-vos uma luz, venho com este testemunho dizer-vos que por vezes não vemos porque não queremos ver. Passo a citar o estranho e entusiasmante acontecimento que mudou a minha visão sobre estes a quem chamamos Profetas.
Tudo começou no BA, era a festa da OPUM DEI, aquela festa tão aguardada, há pessoas que se preparam para ela de um ano para o outro fazendo ginásio intensivamente, onde as hormonas explodem como tantas outras coisas, onde se leva pouca roupa e se traz ainda menos e se anda a beber de corpos de outras pessoas, por estranho que pareça...Não podia faltar! Mal cheguei lembro-me da tamanha euforia com que me deparei, as meninas riam, riam, bebiam, bebiam e “os de roxo” observavam e festejavam alegremente o sucesso da tão vistosa festa. Pareciam-me todos iguais, na verdade haviam lá dois que eram mesmo iguais, mas na minha inocência nunca esperava eu que algum se destacasse, até que aconteceu.
Vi um ser aproximar-se de mim e nem tive tempo de pensar, confesso que me abordou de uma forma um pouco repentina e até bruta digamos, mas com as melhores palavras, as que naquela altura “caíram que nem uma luva” (não me lembro de todas mas sei que tusa pelo menos ouvi). Não conhecia tal figura, nunca tínhamos sequer interagido mas naquele momento pensei “como é que alguém que nunca me viu tem a lata de me dizer estas coisas?” e depois de por instantes refletir um pouco pensei “adorei” e adorei mesmo. Naquele momento tive de tirar o casaco e atar o cabelo com tamanho calor que me deu. Chegou, sorriu, foi carinhoso e charmoso, coisa que não vagueia por aí hoje em dia ao pontapé, olhava-me profundamente nos olhos de cada vez que falava para me elogiar…enfim, era o sonho de homem mas infelizmente o pior acabou por chegar. Por solidariedade feminina tive de acompanhar uma amiga a casa e deixar aquele cenário quente e de fantasia para trás. Foi ao chegar a casa que percebi “isto é amor”, enquanto deitava a cabeça na almofada pensando nele e no quanto me fez rir. E não foi preciso aquela kizomba ranhosa ou aquele roça roça facilitador para tal acontecer. A verdade é que por muito que tente fugir ou disfarçar ainda estou presa ao arrependimento do passado e ao de ter vindo embora…pois aquele meninas, nunca fez ou disse nada que me magoasse, como nós tanto nos queixamos. Aquele “chegou e disse” sem rodeios e sem canalhice, como nós gostamos por isso digo que se há homens que eu aconselho, esses homens estão na Ordem.
E quanto a ti, que serás sempre humildemente apelidado de “aquele” só te posso dizer que queria ter netos só para lhes contar que te conheci!
*Este espaço é totalmente da responsabilidade da interveniente.
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