Um mito que existe um pouco por todo o mundo, repetido imensas vezes por alturas do Natal, é de que o amor é universal. Que parvoíce, nada poderia estar mais errado. O que é universal, como todos deveriam saber, são as mamas. Garantimos que no dia em que forem descobertas espécies alienígenas, estas também vão possuir nos seus corpos uma região mamária. Confia em nós, somos Profetas. Umas mamas ao léu provocam o mesmo tipo de emoções em homens norte-americanos e chineses. A apalpação de uns belos tetos é capaz de trazer felicidade ao mais desgraçado dos mortais. Um Profeta, já foi dito, aprecia a variedade e não desperdiça a oportunidade de sentir e saber mais. Um Profeta é o herói Prometeu: sempre em busca do fogo do conhecimento (e da paixão). Estabelecemos também desde já uma verdade: todos os peitos femininos são bons peitos (isto é, até deixarem de o ser). Não discriminamos. Em mais um texto da rubrica
“O Profeta Explica”, hoje abordamos os diferentes tipos de mamas que existem, todas elas dignas de se colarem autocolantes.
#1. Assimétricas. O corpo humano é, todo ele, composto de assimetria. Com maior ou menor diferença, é uma facto científico que os nossos "lados" não são iguais. Acontece que no que toca a mamas não é diferente. Não é motivo para vergonha. Um Profeta sabe apreciar todos os "defeitos". Escrevemos defeitos entre aspas porque não são defeitos e porque, comparado com o que em certas alturas temos de aturar para podermos apalpar umas mamas, não é realmente nada.
#2. Olhões. São mamas que representam um episódio pré-histórico da Terra: o impacto de um meteorito que alterou drasticamente a atmosfera do planeta e que deixou uma cratera por imensos anos. Ora, esta comparação serve para explicar a dimensão de que falamos quando falamos da mancha circular que são os mamilos grandes numa superfície também curvilínea. Às vezes, são mesmo enormes. E escuros. E têm pêlos. Nhec.
#3. Joelheiras. Como diz o nome, são mamas que protegem os joelhos, por se encontrarem tão flácidas e penduradas que, em caso de queda, é bastante provável a dona destas mamas queixar-se do peito. Como em tudo na Natureza, existe uma explicação: as portadoras destes seios são muitas vezes senhoras de idade (as nossas queridas avós) que, tendo problemas de mobilidade, estão sujeitas a cair. Um bom par de mamas flácidas pode amenizar os danos das quedas, sofrendo o tecido mamário o impacto que poderia fracturar um ou dois joelhos. Sendo este tipo de seios muito comum a partir de uma certa idade, após anos a contrariar a gravidade acabam por perder a batalha, e é observável o bater de mamas nos joelhos enquanto as donas caminham. No caso de conheceres alguma jovem peituda que desprezas, regozija-te ao pensar que, pouco a pouco, ela se irá transformar numa senhora com um par destas, como poderás observar por ti mesmo/a, se entretanto não tiveres um enfarte e não morreres num ataque terrorista.
#4. Amuadas. Cada uma no seu canto. A distância que as separa parece indicar que nenhum genital a passar entre elas vai sentir o seu contacto. Cada uma está muito ocupada a viver a sua vidinha. Que "mamocêntricas"!
#5. Estrábicas. As mamas-camaleão, cujos mamilos apontam em sentidos diferentes e podem confundir o homem comum. Diria a Maya, se tratasse as mamas da mesma forma que trata os signos do zodíaco, que estas revelam uma personalidade indecisa.
#6. Tábua de engomar. Quando não há mamas, não há brincadeira. As portadoras destas "mamas", ou melhor, desta ausência peitoral, terão mais dificuldades no seu percurso, estando sujeitas a estudar mais para tirar boas notas e a serem escolhidas para cargos profissionais apenas pelo seu, imagine-se, mérito! A favor destas mulheres "fanadas", é de realçar que, mais vezes do que as que não, são mulheres magras e elegantes. Nem tudo está perdido! Estas mulheres poderão até ter um atributo posterior notável, cuja vantagem é que a qualidade não é exclusivamente definida pelos genes e pode ser treinada. Hoje falamos de mamas, mas em breve poderemos ensinar-vos acerca dos belos traseiros.
#7. Anãs. São mamas que satisfazem. Só. Não são o pináculo da anatomia humana e da atracção sexual, mas não deixam de ser mamas. Há quem as ache mais atraentes assim pequenas. É tudo uma questão de gostos... E de mamas.
#8. Médias e consistentes. Este tipo de mamas é excelentes, o ideal para muitos homens. São mamas que permitem um manuseamento considerável e, quando cobertas, já criam relevo e possibilitam a existência de um decote. Seios de tamanho médio normalmente pertencem a mulheres em forma e são mamas a favor de um equilíbrio sustentável. Não poderia haver mamas mais actuais!
#9. XXL. São mamas falsamente grandes. Ou melhor, são de grande porte, mas tal se deve pela mesma razão que as donas destas mamas vestem roupas de tamanho XXL. São gordas. Cheiinhas, vá. Estes peitos acumulam gordura que, tornando-os maiores, não é consistente o suficiente para manter as mamas no sítio. São úteis para fotos do Facebook, pois normalmente quando sustidas por um sutiã, parecem mais gostosas e, se a dona não tiver uma cara que denuncie a sua fisionomia, permite-lhe tirar fotos de meio tronco para cima, evidenciando um decote e enganando frequentemente o ingénuo freguês que ao apreciá-las que não compreende que a voluptuosidade de tais apêndices se deve a motivos menos apelativos. São ideais para atletas de natação de alta competição, que conseguem ser abafados por um par destes durante longos minutos sem esticar o pernil entretanto (e não nos referimos ao pernil nº3). No entanto, as suas características em nada impedem de serem usadas com entusiasmo, spanish style!
#10. De ouro. Estes seios grandes e firmes levam os homens à loucura! Amizades se desfizeram, traições aconteceram, reinos acabaram por causa delas. São mamas que falam ao interior de todos os homens. Um homem, em geral, procura por mamas destas toda a vida e sente-se atraído por elas como marinheiros pelo canto das sereias. A portadora de uma prateleira* tem um grande poder sobre a imaginação masculina, especialmente se também tiver uma cara bonita. E com um grande poder… Vem uma grande responsabilidade. Conselho para os homens: aprendam a fazer massagens, porque quem ganhar o jackpot vai ter de compensar estas mulheres aliviando-lhes as dores de costas que de certeza possuem!
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Termo possível para “seios de mulher quando muito desenvolvidos”, de acordo com o Dicionário da Língua Portuguesa (1994), da Porto Editora.
#11. Falsas. Não precisamos de explicar. Um Profeta não julga, pois mamas são mamas. Se são boas as mamas naturais que tremem ao mais leve toque, também são boas as mamas enchidas com silicone que se distinguem pela sua firmeza. Todas nos aprazem. Contudo, quando a cirurgia é mal executada, adquirem algumas marcas pouco apelativas ou formas que são, no mínimo, estranhas. Além disso, ficamos curiosos no caso das raparigas mais novas, pois é difícil imaginar que justificação deram aos pais para desviar dinheiro das propinas para financiar “algo grandioso” como um aumento dos peitos.
#12. Que já não estão. Ou mamas que partiram cedo de mais, porque mamas nunca devem deixar de existir. As mamas deixam de existir porque são retiradas cirurgicamente, por motivos de saúde. Nomeadamente, cancro. É algo que deixa os Profetas de lágrimas nos olhos - não as vítimas de cancro, mas o sacrifício de um belo par de mamas. Se há motivo para chorar, que seja por mamas. Por outro lado, é verdade que desde pequenos que sempre torcemos o nariz a fruta com caroço.
#13. Acusatórias. Têm aqueles mamilos que picam e são capazes de deixar arranhões. São mamas que, de certa forma, são um tributo às mães. Se, por um lado, estão optimizadas para serem sugadas pelos pequenos, também são mamas que facilmente parecem defensivas, pelo modo como apontam sem hesitação os mamilos pontiagudos para todo o lado para que viram.
#14. De grávida. São mamas gordas que parece que vão ter filhos elas mesmo. São também mamas proféticas: anunciam que em tempos vindouros, se não houver um aborto natural ou a mãe não morrer no parto, nascerá um Escolhido que poderá usufrui-las mais do que ninguém.
#15. De período. Os peitos femininos por altura do período tornam-se mais sensíveis e podem até inchar. Esta sensibilidade, ao contrário da que as suas portadoras adquirem pela mesma causa, pode ser positiva. As mamas do período, quando manuseadas com jeitinho, são um meio para atingir um fim: a mulher fica excitada mais rapidamente. Excepto se tiver um ataque de raiva e nos quiser matar, ou desatar a chorar de frustração e se fechar no quarto, ou tiver um desejo inegável, o qual significa que se vai ausentar para ir comprar gelado, o que se acontecer muitas vezes a tornará mais gorda (ver ponto 9). Nada pára a insaciedade de uma mulher.
Outras menções: as mamas-vale, que segundo a mesma análise da Maya indicariam uma personalidade conflituosa ou então que apresentaram o Disney Kids há quinze anos; as joystick, que se caracterizam por serem achatadas e muitas vezes pouco firmes, uma triste memória a melhores dias da constituição física da possuidora, quando esta ainda não perdido vinte quilos a snifar cocaína; as crentes, cujos mamilos apontam sempre para o céu; as siamesas, que devido a razões genéticas não ficaram bem separadas; as mamas-balão, aumentadas tão exageradamente através de cirurgia plástica que se pudessem usufruir dos próprios seios, as mulheres com distúrbios mentais que as possuem poderiam passar oito horas debaixo de água consumindo apenas o oxigénio contido nelas.
Referimos em textos anteriores que apreciamos as mulheres que não se expõem totalmente e deixam lugar à imaginação. Contudo, os Profetas sabem dos problemas que muitas mulheres têm com os sutiãs e o alívio que é quando os tiram ao chegar a casa. Portanto, se preferirem andar sem sutiã por baixo da roupa, é uma medida que acolhemos com bom grado. Claro que, assim sendo, não testemunharão a telecinética dos Profetas, que usamos para que os sutiãs se desapertem sozinhos. Decisões, decisões!