04 março 2016

De Universidade a Fundação: de nós para eles

Caros infiéis, sempre confiasteis na Ordem Profética para vos apontar o caminho e iluminar os perigos que se escondem neste nosso Templo do Saber. A ressaca que não permitiu que fosse mais cedo, mas para a mensagem do Profeta não há hora marcada.

A redefinição da UM enquanto instituição foi um dos momentos mais marcantes dos últimos anos académicos, apenas precedida pelas quartas académicas ou as temíveis semanas do Enterro da Gata. Contudo, e podendo não parecer, há muitas semelhanças entre as Festividades que coroam o falecimento da Gata e esta passagem a Fundação: tal como acontece com os cartazes do Enterro, a reunião que originou esta decisão foi tudo menos consensual. Inevitavelmente, houve quem defendesse esta restruturação, pois quem não se adapta fica sem tacho, e houve quem apoiasse exatamente o contrário (por astúcia ou por birra, ainda por decifrar).

No fundo, todo o processo foi conduzido ao bom estilo capitalista: entre desgovernos e em altura que ninguém note. Pela calada se move o oportunismo de quem quer fazer sem a dificuldade de ter de se explicar. Afinal, depois do falo estar colocado, a dor da entrada é um pouco relativa.


O maior benefício desta passagem a regime fundacional é a facilitação da contratação de pessoal, uma vez que a lei de concurso público deixa de ser aplicada. Além do Jorge Pentes já se ter mostrado disponível para tratar de algumas transferências, espera-se também que ao longo dos próximos anos as secretárias de Rei Tó aumentem exponencialmente. Para bem da comunidade académica, claro! Informação adicional: estudos americanos revelam que a prática do felácio impulsiona a produtividade em ambiente hostil. Os alunos também serão transferíveis, principalmente se der para trocar alunos bolseiros de Santa Tecla pela melhor nata nacional.

Já os três representantes dos estudantes, receando que o lobo mau soprasse e lhes deitasse a casa a baixo, procuraram porto de abrigo e um tacho de onde comer e, bem ao estilo parlamentar português, redigiram e subscreveram uma declaração de voto. Houve afinal um amplo debate no seio (o primo politicamente correto da medicamente correta mama) da comunidade académica, podendo-se assim afirmar que esta passagem seria benéfica. Segundo o dicionário Parreirês – OlivióPalitesco, a verdade desta frase equipara-se à capacidade do Lord Licá para jogar no Barcelona. Mas acalmem-se os preocupados! O Tó, Rei Tó, vai ser avaliado. Curiosamente vai ter também a possibilidade de escolher quem o vai fazer. No fundo, isto é jogar em casa e começar a vencer por 10-0, sendo que o jogo tem duração de 2 segundos. 

Aaah, como um Profeta aprecia estas fábulas. Histórias para um dia contar a um colega quando, aquando das eleições, a moral desta história mais importar recordar.

Já dizia o Profeta:
“Ninguém se importa com o toque rectal, desde que tenha pulseira à pala para o Enterro.”

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