22 abril 2016

Versos de Amor e Amianto I

Que mal fiz eu ao mundo
Para tal me acontecer
A Fundação ainda mal chegou
E já se alinha p'ra me foder

Dizem-me que é coisa boa
Que é moderno e liberal
Vai é dar margem de manobra
Para enrabar o pessoal


São palavras bem brejeiras
Espero que não levem a mal
É a costela de Augusto Canário
A contar a história, tal e qual

A UM não é para velhos
A menos que tenham poupança
Também não é para novos
E menos que contem com a herança

O Reitor esfrega as mãos
Que criar Doutores gera dinheiro
Taxe também o cagatório
E facture-se tudo por inteiro

Já espero pelo próximo
Brilhante modelo de negócio
Que isto de ser Fundação
Rende mais que o sacerdócio

Só espero que não goste tanto de menininhos...

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