Perdoem-me o português mas, quando o assunto é reflexão, são poucas as coisas que a ela se associam melhor que as figuras de estilo. Pensando melhor, não perdoem. Afinal vou continuar a utilizar o defecado para, por utilização das tais figuras de estilo, levar a minha linha de raciocínio para a frente. Refletindo portanto.
Não vos será estranha a afirmação “Os Homens não se medem aos palmos”. É, além de um ditado popular de moral reconhecida, uma afirmação de simples causa-efeito demonstrando que não se medem os homens utilizando palmos. Existe um sistema melhor, o sistema métrico, que é mais exato e permite medirmos com confiança não só homens como outras coisas mais. É quase universal. E é o quase que me leva a esta reflexão. Este quase que são os Estados Unidos da (Vergonhosa e Capitalista) América.
Do outro lado do Atlântico, os homens medem-se aos pés. RIDÍCULO. E se por cá já vimos que é ridículo ter que deitar uma pessoa no chão para poder contar os passos, por lá um simples pensamento em converter as medições para um sistema lógico e proporcional é um atentado ao “sonho americano”.
Não sei se estão familiarizados com este sonho, mas eu estou. A internet deixa-me fazer download de toneladas de material que o mostram e, por isso, como Profeta, possuo já todo um conhecimento antropológico da sociedade das águias da liberdade (com a sigla SAL, coisa que faz muito mal à saúde). E o sonho é o seguinte:
Cagar mais, maior e melhor que os outros.
(Sim, estou a utilizar figuras de estilo. Já tinha avisado)
De facto, se há local onde a expressão “Se o meu vizinho tem um cagalhão maior que o meu, então é um homem de muito sucesso, devo confiar nele e eventualmente segui-lo para todo o lado” faz sentido, é na capitalista América. Nada faz uma pessoa seguir outra com mais vontade que um belo troço de 25cm, todo ele recto e nascido de uma só vez. Afinal se os faz assim, é porque o seu Deus o assim quis, e quando Deus quer, Deus tem.
E nada mais importa que o cagalhão. Não importa se é verdadeiro, falso, cirúrgica ou geneticamente alterado, “photoshopado” ou resultado de uma forte ingestão de laxantes. Tem é que ser como a mulher de César: ser ou parecer o maior e melhor cagalhão de todos.
Só assim de explica a facilidade com que este país está disposto a entregar o governo a indivíduos duvidosos. As pessoas olham para a merda que estes indivíduos tão portentosamente ostentam como sendo a maior que já colocaram numa sanita e pensam:
“Se eles conseguem cagam assim, com certeza saberão fazer com que todos caguemos assim. Eu quero cagar assim, é o sonho americano. Make it Happen. Bitch.”
E com este pensamento tão bem fundamentado, poderão fazer aquilo que poderemos chamar de A Maior Cagada Desde Que Os Alemães Acharam Que Tinham O Adolfinho Controlado. Não tinham. E deu merda. Muita merda.
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